No mês do orgulho, veja histórias de conquistas na comunidade LGBTQIAP+ em Ribeirão Preto, SP


Dez anos após a legalização do casamento homoafetivo, em 2013, Thiago Ganzarolli e Alex Correia se casaram. Para presidente da ONG Arco-Íris, avanços são importante, mas luta é constante. Mês do Orgulho Gay: conheça histórias de amor, conquistas e superação
Mês do orgulho, junho celebra a diversidade e busca dar visibilidade para a comunidade LGBTQIAP+. Mas as lutas por direitos iguais são constantes e necessárias.
Thiago Ganzarolli Correia e Alex Sandro Correia Ganzarolli são um exemplo disso. Eles se conheceram quando um amigo realizou um jantar. “Na época o Alê não gostava de mim”, brinca Thiago.
A partir desse dia, surgiu além de uma amizade, um romance entre os dois. Apesar de morarem juntos há cinco anos, o casal sentia que faltava algo.
Em maio de 2023, dez anos depois de pessoas do mesmo gênero conquistaram o direito do casamento oficial, eles se casaram tanto no cartório quanto em uma cerimônia para amigos e familiares.
“Antes a gente até falava que era casado, mas porque a gente morava junto. Só que hoje a gente se tornou um só”, conta Alex sobre um marco importante da vida dos dois.
Thiago Correia e Alex Ganzarolli se casaram em Ribeirão Preto, SP, dez anos pós o casamento homoafetivo ser legalizado
Reprodução/EPTV
Mudança de nome social
Em 2018, outro direito foi conquistado pela comunidade LGBTQIAP+: o de pessoas transgêneros poderem alterar o nome sem precisar passar pela cirurgia de transição.
A estudante Mariana Favaretto Vieira conta que foi durante uma ressonância magnética que expressou a vontade de mudar o nome. “Colocaram um crachá com o meu nome antigo e me incomodou bastante”, relembra.
“Mas ela falava ‘Se eu morrer eu quero ter dignidade, dignidade de ser enterrada com meu nome’”, diz a mãe, Ana Favaretto.
Mariana Favaretto fez a mudança de nome social em busca de dignidade em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Direito de doar sangue
Outra conquista importante foi o direito de doar sangue. Segundo o estudante Leonardo Gabarra, mesmo com todo processo de triagem e verificação se o sangue não está contaminado e pode ser doado, as leis impediam que pessoas homossexuais doassem sangue. Foi apenas em 2020, que eles conquistaram esse direito.
“Não é sobre nós, é sobre ajudar o próximo. E eu fui automaticamente para o posto doar, exercer a minha cidadania”, conta.
Em meio a tantas conquistas, Fábio de Jesus, presidente da ONG Arco-Íris, comemora, mas reforça que a luta é constante.
“A gente não pode esquecer do passado, dessas pessoas que morreram para que hoje a gente esteja aqui, para que hoje a gente conte essa narrativa, que a gente conte essa história de 19 anos de instituição em Ribeirão Preto”.
A ONG foi criada em 1993 e promove ações para a inclusão e aquisição de direitos da comunidade LGBTQIAP+.
Fábio de Jesus é presidente da ONG Arco-Íris, que luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAP+ em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

Adicionar aos favoritos o Link permanente.