Prefeitura de Patrocínio Paulista, SP, decreta intervenção da Santa Casa por 180 dias


Medida foi tomada após início das investigações do Ministério Público sobre desvio de verbas públicas no hospital. Santa Casa de Patrocínio Paulista, SP
Divulgação
A Prefeitura de Patrocínio Paulista (SP) decretou a intervenção da Santa Casa do município pelos próximos 180 dias. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (14) e já está em vigor. Ela vem após o início das investigações do Ministério Público sobre o desvio de verbas públicas no hospital.
A intervenção será conduzida pelo Conselho Municipal de Saúde e vai contar com uma comissão mista de representantes dos órgãos e da sociedade civil e será fiscalizada pelo Ministério Público.
As principais metas da comissão interventora são a mudança do perfil assistencial médico-hospitalar, a fim de garantir ao cidadão acesso ao atendimento de saúde e garantir, entre outros direitos, a humanização dos serviços e a gratuidade e universalidade do atendimento.
Além disso, a medida visa a ampliação da oferta dos serviços, especialmente os de atendimentos de urgência, emergência e de plantões 24h.
Santa Casa de Patrocínio Paulista, SP
Reprodução/EPTV
Inquérito do MP
O Ministério Público abriu um inquérito civil para investigar denúncias de desvio de dinheiro público e possíveis falhas no atendimento da Santa Casa de Patrocínio Paulista.
O caso começou quando a instituição procurou o órgão para denunciar o tesoureiro Jaime Teodoro Furtado, ex-funcionário do local. Segundo a Santa Casa, ele não estaria realizando pagamentos com as verbas públicas recebidas por meio de emendas.
No entanto, durante o depoimento ao MP, o tesoureiro alegou que o dinheiro era, aparentemente, ilegal e fruto de desvio de verbas públicas dentro do próprio hospital.
De acordo com o MP, já foram encontrados diversos indícios de erro.
Falhas no atendimento também serão investigadas
Além do possível desvio de verbas públicas, o inquérito também vai investigar ausência de médicos especialistas, como pediatra, possíveis falhas nos atendimentos de urgência e emergência e apresentação de dados falsos para continuar com recebimentos de convênios com prefeituras da região.
O ex-tesoureiro da instituição diz que o provedor, Keys de Alencar Côrrea, e a diretora clínica da Santa Casa, Roberta Diniz, são os responsáveis pelos desvios. Os dois são investigados pelo Ministério Público.
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