Mais de 100 árvores da Avenida Costábile Romano são tombadas em Ribeirão Preto, SP

Espécies passam a ser consideradas Patrimônio Natural e Cultural do município. Decisão é conquista do Conppac. Árvores da Avenida Costábile Romano, em Ribeirão Preto (SP), foram tombadas pelo Conppac
Reprodução/EPTV
Flamboyants, ipês e sibipirunas ao longo da Avenida Costábile Romano, desde a Francisco Junqueira até a Presidente Kennedy, são consideradas agora Patrimônio Cultural e Natural de Ribeirão Preto (SP).
As mais de 140 árvores foram tombadas pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac) e qualquer alteração, como podas, por exemplo, vai precisar de autorização.
A decisão é uma vitória para o presidente do Conppac, Lucas Gabriel Pereira. Segundo ele, o bairro Ribeirânia, onde está localizada a avenida, foi criado pensando no conceito de cidade jardim.
“A via tem 50 metros de espaçamento e o bairro foi projetado para que houvesse essa interconexão entre os munícipes com a natureza diretamente, coisa que não há em outros bairros de Ribeirão Preto”.
Lucas Gabriel Pereira, presidente do Conppac, em Ribeirão Preto, SP
Luciano Tolentino/EPTV
A Costábile Romano pode entrar no programa de mobilidade da prefeitura por conta das obras dos corredores de ônibus e ciclofaixas, mas, ainda assim, toda mudança planejada precisa passar pela avaliação do conselho.
“Toda e qualquer intervenção futura deve ser previamente comunicada e precedida de autorização do Conppac, inclusive do futuro corredor de ônibus, de eventual poda das árvores, qualquer outro tipo de intervenção que venha a ocorrer neste local, que passa a ser reconhecido como patrimônio cultural e natural de Ribeirão Preto. É um corredor verde”.
Corredor verde se estende pela Avenida Costábile Romano desde a Francisco Junqueira até a Presidente Kennedy, em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Preservação da natureza
A decisão animou a população. Para o aposentado Walter Citrangulo, que frequenta o local, preservar as áreas verdes é importante.
“Quanto mais arvore nós tivermos, mais ar puro nós teremos e mais qualidade de vida nós teremos”.
A empresária Ana Paula Bortoleto Gonçalves também torce por mais preservação da história da cidade. “Tem que preservar tudo, principalmente a parte verde”.
Pereira também comemorou o tombamento de um lugar que, para ele, já era tido pela população de Ribeirão como um espaço importante. “O Conppac passa a reconhecer aquilo que, de fato, já é reconhecido pela população como patrimônio cultural dos munícipes”.
Em toda sua extensão, via tem mais de 140 árvores, agora tombadas pelo Conppac, em Ribeirão Preto, SP
Luciano Tolentino/EPTV
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