Cirurgia de separação de gêmeas unidas pela cabeça é adiada em Ribeirão Preto, SP, após suspeita de dengue


Meninas, que têm 2 anos, apresentaram quadro febril e equipe médica espera restabelecimento total da saúde delas para agendar nova data. Procedimento estava marcado para acontecer neste sábado (29). As gêmeas Allana e Mariah são acompanhadas por médicos do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
A cirurgia de separação da gêmeas Allana e Mariah, de 2 anos, prevista para o sábado (29), no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), vai ser adiada. Elas nasceram unidas pela cabeça e o procedimento, que é a etapa final de uma série de cirurgias a que foram submetidas nos últimos meses, ainda não tem data para acontecer.
Segundo a equipe médica que acompanha o caso, as irmãs apresentaram recentemente quadro febril e existe a suspeita de que estejam com dengue. Os profissionais, agora, aguardam o resultado dos exames laboratoriais para confirmação ou descarte da doença.
A nova data será marcada após o restabelecimento total da saúde das gêmeas.
Na quinta-feira (27), Allana e Mariah passaram por um procedimento de expansão final das bolsas instaladas sob a pele das cabeças para ganhar ‘espaço’ para a cobertura craniana, que será feita após a separação.
Segundo os médicos, as bolsas atingiram volumes de 530ml e 670ml cada.
Elas também passaram por exames de ressonância magnética e tomografia para checagem das condições cerebrais para a cirurgia que vai, finalmente, separá-las.
Gêmeas siamesas passaram por procedimento de expansão final das bolsas instaladas sob a pele das cabeças em Ribeirão Preto, SP
Divulgação
Última cirurgia foi em março
A terceira cirurgia para separação dos crânios das gêmeas siamesas ocorreu no dia 11 de março, em um procedimento que durou sete horas.
Allana e Mariah passaram pela primeira neurocirurgia em agosto de 2022, quando tiveram as veias do cérebro separadas.
Três meses depois, em novembro, elas foram submetidas ao segundo procedimento.
O caso das meninas é extremamente raro, com um registro a cada 2,5 milhões de nascimentos. As irmãs nasceram em Ribeirão Preto no dia 9 de dezembro de 2020, mas vivem com a família em Piquerobi (SP).
A anomalia foi diagnosticada quando elas ainda estavam na barriga da mãe. Desde 2021, elas são acompanhadas no HC.
Desde a primeira cirurgia, os profissionais utilizam tecnologia de ponta para os procedimentos e contam com exames clínicos, laboratoriais e de imagem de ressonância magnética, além de tomografia computadorizada integrada a um sistema de realidade virtual.
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