Suspeito de matar e enterrar mulher no quintal de casa foi acolhido por vítima ao se apresentar como travesti, diz delegado

Rapaz, de 18 anos, vivia nos fundos da casa de Nilza Costa Pingoud, de 62 anos, em Barretos. Ele foi identificado a partir de uma análise de imagens das câmeras de segurança. Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de matar mulher em Barretos
O suspeito de assassinar Nilza Costa Pingoud, de 62 anos, que foi encontrada morta e enterrada no jardim da casa dela na terça-feira (1), teria sido acolhido pela vítima quando ainda se apresentava como travesti, segundo uma investigação da Polícia Civil de Barretos (SP).
Delegado responsável pelo caso, Rafael Faria Domingos informou que o rapaz, de 18 anos, vivia nos fundos da casa de Nilza, no bairro Los Angeles, e foi identificado a partir de uma análise de imagens das câmeras de segurança.
“Esse sujeito, anteriormente, se apresentava como uma travesti e ela teria acolhido esse sujeito para residir na residência dela, por motivos ainda a se apurar. Atualmente ele não se apresenta como travesti”.
Suspeito de matar Nilza Costa Pingoud, de 62 anos, em Barretos, SP, está foragido
Arquivo pessoal
O suspeito é considerado foragido, uma vez que teve a prisão decretada pela Justiça na noite de quarta-feira (2).
Segundo Domingos, a polícia também acredita que o crime pode ter sido premeditado, pois há indícios de movimentação recente nas contas bancárias de Nilza.
“Possivelmente foi algo planejado, visando acesso às contas bancárias dessa mulher, acesso aos cartões bancários”.
Polícia suspeita de asfixia
O delegado também revelou que aguarda o resultado da perícia para confirmar a causa da morte de Nilza, mas, em um primeiro momento, a polícia trabalha com a hipótese de que ela tenha sido asfixiada enquanto dormia.
“Há a suspeita que ela tenha sido morta asfixiada. Algo que se apurou em um primeiro momento é que ela poderia ter sido morta enquanto estava dormindo e, em seguida, esse sujeito levou celular e carteira com os cartões bancários”.
Nilza Maria Aparecida Costa Pingoud, de 62 anos, foi achada morta enterrada no quintal de casa em Barretos, SP
Arquivo pessoal
Vizinhos estranharam sumiço
Nilza foi encontrada morta no quintal da própria residência, após vizinhos acionarem a polícia por não terem notícias da mulher há uma semana.
Um investigador foi até o local e, ao subir no muro, percebeu que a terra do jardim no quintal da residência estava remexida. Ele entrou no imóvel com a chave da casa dada por Nilza a uma vizinha e encontrou o corpo dela enterrado.
Segundo o boletim de ocorrência, o telefone celular da vítima não foi encontrado na casa. A princípio, o crime foi registrado como latrocínio, que é roubo seguido de morte.
Policial suspeitou de terra remexida no quintal de casa de Nilza Costa Pingoud, em Barretos, SP, e encontrou corpo da vítima
Reprodução
Homem com atitude suspeita foi visto no local
Vizinhos da vítima afirmam também que um homem em atitude suspeita e que se identificou como sobrinho dela foi visto há cerca de uma semana na porta do imóvel.
“Ele estava sentado naquele portãozinho com uma mochila na frente, de manhã e à tarde. Foi a primeira vez que vi ele por aqui e ele disse que era de Planura e sobrinho dela”, afirma Pedro Florentino, uma das testemunhas.
A cidade de Planura fica em Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro. Florentino comentou com familiares da vítima sobre o homem, mas eles disseram desconhecer esse parente.
“Ontem eu falei para a família e eles disseram que não têm família em Planura e aí isso levantou suspeita”.
Polícia Civil procura quem matou mulher de 62 anos em Barretos, SP
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