Em 6 meses, CPFL identificou 60 ligações clandestinas por semana em Ribeirão Preto, SP


Recentemente, o dono de um bar e dois funcionários de uma churrascaria foram presos em flagrante por suspeita de furto de energia elétrica. Consumidor que paga a conta em dia acaba arcando com o prejuízo. Em 6 meses, CPFL descobriu 60 ligações clandestinas por semana em Ribeirão Preto, SP
De janeiro a junho deste ano, a Companhia Paulista de Forca e Luz (CPFL) registrou mais de 1.500 ligações clandestinas de energia elétrica em Ribeirão Preto (SP). De acordo com a empresa, este número corresponde, em média, a 60 fraudes por semana.
Na noite de quinta-feira (10), um empresário de 36 anos dono de um bar na zona sul da cidade foi preso em flagrante por suspeita de furto de energia elétrica.
Na semana passada, dois funcionários de uma churrascaria também na zona sul foram detidos pelo mesmo motivo. Um levantamento inicial da CPFL estimou que o prejuízo passa de R$ 500 mil.
Nos dois casos, as pessoas envolvidas foram liberadas após audiência de custódia.
Medidor de energia elétrica
Cacá Trovó/EPTV
O problema fica para quem paga a conta em dia. Isso porque o consumidor correto acaba sentindo os impactos da criminalidade, uma vez que parte do que a CPFL perde com os furtos é transferido para as tarifas, que acabam ficando mais caras.
Além disso, é preciso considerar que a arrecadação de impostos embutidos no valor da energia, diminui.
Engenheiro eletricista, Júlio Roveda alerta para os riscos de morte quando uma ligação clandestina é feita.
Segundo ele, a fraude é feita de duas formas: puxando a energia diretamente do poste ou alterando o medidor.
“O mais perigoso é a pessoa puxar direto pra rede da casa, sem passa pelo medidor. Tem que ser especialista pra não ter risco de acidentes. Agora aquele que passa pelo medidor e adultera a medida, ele sonega, danifica o medidor para que registre a menor quantidade de energia e não a real. Não é aquela que está passando e, sim, uma energia menor do que aquela que está passando”.
Júlio Roveda, engenheiro eletricista em Ribeirão Preto (SP)
Cacá Trovó/EPTV
Desviando a fiação ou alterando a forma da medição, Roveda explica, a pessoa vai interferir no funcionamento do aparelho, modificando o aparelho ou a instalação em volta dele.
“Qualquer serviço em instalações elétricas tem que ser um profissional habilitado, porque a eletricidade pode matar. Qualquer interferência que ele faça no equipamento eletrônico, elétrico ou rede elétrica, tem que ser especialista para não mexer de forma equivocada e sofrer um acidente grave”.
Risco de choque
Roveda explica que, atualmente, uma residência normal tem como padrão, em torno de 63 mil amperes. O necessário para uma pessoa ter uma parada respiratória é 30 mil amperes.
“Um ataque cardíaco, um ampere já é suficiente. Se a pessoa mexe e toma um choque, ela corre um sério risco”.
Aparelho de medição garante medição correta
O aparelho de medição, diz Roveda, garante a medição correta e a própria concessionária faz a substituição de tempos em tempos.
Por isso mesmo, quando uma fraude é detectada, é possível chegar até a pessoa que está fazendo a ligação clandestina.
“Sempre tem inspeções. Caiu o consumo, [a CPFL] vem novamente verificar. Então essas inspeções são periódicas e a concessionária busca sempre a melhor eficiência para não ter problema de furtos”.
Se a pessoa quer pagar menos energia, a dica é economizar ou investir em energias renováveis.
“Para de gastar ou gera a própria energia. Hoje é muito normal as energias renováveis, solar, hidráulica, eólica, tem várias fontes de energia que pode gerar dentro da própria residência”, diz o especialista.
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