Justiça acata pedido contra professor da USP acusado de discriminação racial

A Justiça tornou réu o professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, acusado de discriminação racial contra duas alunas travestis. O caso aconteceu em novembro de 2023.

Na decisão, publicada na última quarta-feira (23), o juiz da 5ª Vara Criminal, Lucas Ducatti Marquez de Andrade, aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) por injúria racial.

Louise Rodrigues e Silva e Stella Branco acusam o professor Jyrson Guilherme Klamt de ofensas e ameaças. Elas dizem que isso aconteceu um dia após a USP implementar o uso livre de um banheiro, conforme identificação de gênero.

De acordo com as informações do g1 Ribeirão Preto e Franca, o juiz ainda determinou que a USP inclua nos autos o procedimento administrativo aberto pela instituição para apurar a conduta do professor.

Professor afastado

Em agosto de 2024, o docente o docente foi afastado do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto por 180 dias. Na sequência, em outubro de 2024, ele foi suspenso por 90 dias das atividades da FMRP-USP.

Na época do ocorrido, as duas mulheres, que são as primeiras alunas travestis do curso medicina, disseram que foram ameaçadas e ofendidas pelo professor.

Ele perguntou diretamente para mim qual banheiro eu iria utilizar a partir de agora. Nesse momento eu devolvi perguntando para ele qual banheiro ele achava que eu deveria utilizar. Nisso ele não respondeu a minha pergunta e voltou a falar o quão absurdo ele achava pessoas trans poderem usar o banheiro de acordo com o gênero que se identificam e que a faculdade já não era mais a mesma

Louíse Rodrigues e Silva

Mesmo após ter rebatido o docente, Louíse diz que as agressões verbais continuaram, até o momento em que viraram ameaças. “Ele se manifesta dizendo que se a gente usasse o banheiro em que a filha dele estivesse presente, a gente sairia de lá morta”.

Stella Branco estava presente no momento do ocorrido e conta que ao perceber a gravidade da situação, defendeu a amiga.

“Esse professor tem comportamentos bem problemáticos, envolvendo falas que atacam inúmeras minorias ao invés de dar o conteúdo da disciplina dele, que é o que ele é pago para fazer ali, com dinheiro público”, disse Stella

O outro lado

Em nota, a USP disse que tem compromisso com respeito à diversidade e a integridade de todos dentro do campus e que não admite preconceito, discriminação ou violência, seja de natureza religiosa, étnica ou de gênero.

Já o advogado de defesa de Jyrson Guilherme Klamt, informou que só vai se pronunciar após ter conhecimento do processo e que ainda não foi citada pela Justiça.

*Com informações da EPTV


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