Tentativa de resgate de capivara ferida mobiliza força-tarefa e comove moradores em Bebedouro, SP


Barriga do animal está amarrada a um objeto que lembra uma corda e causou graves ferimentos. Suspeita é de que ela tenha sido alvo de caçador. Operação para salvar capivara machucada em Bebedouro, SP não chega ao fim
A tentativa de resgate de uma capivara ferida comoveu moradores nesta quinta-feira (18) em Bebedouro (SP). Protetores, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil participaram da força-tarefa. Mas o animal ignorou os alimentos deixados nas armadilhas e não deu chance à equipe.
Há cerca de duas semanas, moradores notaram que a capivara estava com o que parece ser uma corda ou de um cabo preso à barriga. A suspeita é que ela tenha sido alvo de um caçador e tenha escapado. Como está apertado, o objeto causou graves ferimentos na região traseira do corpo do animal.
A região do lago artificial na Avenida Sérgio Sessa Stamato é casa de diferentes animais, inclusive capivaras.
Capivara tem espécie de corda ou cabo amarrado à barriga em Bebedouro, SP
Valdinei Malaguti/EPTV
Nesta quarta-feira, a força-tarefa espalhou vários alimentos por redes em toda a área para tentar atrair o animal e capturá-lo com o objetivo de levá-lo a um médico veterinário.
Arisca, a capivara nem chegou perto das armadilhas. depois de sumir por vários minutos e atrair gente de todo o canto da cidade, ela reapareceu na beira do lago. As equipes ainda tentaram a aproximação por barco, sem sucesso.
“A dificuldade é que ela está no meio aquático e na mata, que é o habitat dela. Então em qualquer aproximação, ela vai sentir medo. Ou vai pular no rio, ou vai para a mata. Uma das formas que a gente tem para fazer é uma armadilha. Colocamos os alimentos e a hora que ela se aproximar, vamos tentar laçar a pata dela”, disse o sargento do Corpo de Bombeiros, William Padovan.
Capivara pula na água ao perceber aproximação de bombeiros em lago de Bebedouro, SP
Valdinei Malaguti/EPTV
Os mergulhos da capivara também dificultaram o trabalho. Especialistas afirmam que esse tipo de bicho consegue ficar até sete minutos submerso.
A médica veterinária Maria Ângela Panelli, conhecida pelo trabalho feito com animais selvagens resgatados de maus-tratos e acidentes, diz que outras técnicas como tranquilizantes não podem ser utilizadas por oferecem risco à vida.
“Se a gente anestesiar ela, usar o dardo, ela vai se assustar com o dardo e ela vai para água. A água é o refúgio da capivara, ali ela sabe que está segura, ela é uma eximia nadadora, mergulhadora. Mas se a gente dardar [anestesiar], ela vai morrer afogada”, explica.
No fim da tarde, quando as equipes conseguiram se aproximar o mais perto possível, a capivara mergulhou mais uma vez, colocando fim à expectativa de salvamento.
O Corpo de Bombeiros avalia uma nova operação para tentar o resgate.
Moradores acompanham tentativa de resgate de capivara ferida em lago de Bebedouro, SP
Valdinei Malaguti/EPTV
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