Adolescente suspeito de matar amiga com disparo acidental disse que pegou arma para fazer ‘brincadeira’ em SP


Jennifer Rocha, de 15 anos, chegou a ser atendida em hospital, mas morreu depois de ser baleada em Jardinópolis (SP). Apreendidos, jovem que atirou e amigo apontado por emprestar revólver do pai disseram que haviam retirado munições antes do disparo. O adolescente suspeito de ter dado um disparo acidental com uma arma de fogo que resultou na morte de uma jovem de 15 anos, em Jardinópolis (SP), disse, em depoimento à Polícia Civil, que queria fazer uma brincadeira com os amigos após pegar uma arma com o amigo, também menor de idade.
O investigado pelo disparo e o suspeito de entregar a arma, ambos de 16 anos, foram apreendidos e devem responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio.
A Polícia Civil menciona, inicialmente, a possibilidade de dolo eventual, ou seja, situação em que não se quer causar a morte, mas se assume o risco por conta das ações adotadas.
As autoridades também investigam a posse da arma utilizada. O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso.
Crime aconteceu em uma área rural de Jardinópolis (SP) na tarde desta quinta-feira (10)
Divulgação
Disparo acidental e morte
O caso ocorreu no Residencial Ivone Rassi, em Jardinópolis, na quinta-feira (10). Segundo o boletim de ocorrência, uma testemunha relatou que dois casais de adolescentes haviam acabado de voltar de um passeio a um lago e foram até a casa de um deles, que fazia aniversário naquele dia.
Em determinado momento, o jovem morador pegou um revólver calibre .38 pertencente ao pai na residência e entregou ao amigo para que ele “pudesse realizar uma ‘brincadeira'”, momento em que este acabou atingindo Jennifer, segundo o testemunho.
De acordo com o registro policial, a vítima foi levada pelos próprios adolescentes, acompanhados dos pais, ao pronto-socorro municipal, para onde, por volta das 16h, policiais militares foram acionados depois de serem comunicados sobre o disparo de arma de fogo como causa do ferimento e da morte.
No local, os PMs também encontraram os adolescentes, que voluntariamente contaram o que havia acontecido.
Depois disso, uma equipe policial fez diligências na casa onde havia ocorrido o disparo e encontrou, próximo a ela, uma arma de fogo aparentemente abandonada, com um cartucho deflagrado.
A PM preservou o local para a realização do trabalho da perícia.
Munições tinham sido retiradas, dizem adolescentes
Em depoimento à Polícia Civil, os adolescentes investigados dizem que, momentos antes do disparo acidental, haviam retirado as munições do revólver e as guardado em uma camiseta enrolada.
O jovem suspeito de entregar a arma do pai ao amigo contou ter presenciado o momento em que o adolescente retirou a munição, apontou a arma para Jennifer e disparou.
O investigado pelo tiro, por sua vez, confirmou ter recebido a arma do amigo e retirado as munições “com o intuito de realizar uma brincadeira com os amigos” e que, nesse momento, apontou a arma para Jennifer e a disparou, segundo o boletim de ocorrência.
Apesar das alegações, no entanto, as autoridades não encontraram os projéteis mencionados. A arma, de acordo com a Polícia Civil, tinha capacidade para seis disparos, mas apenas um foi encontrado após ser utilizado.
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