Após 2 semanas de tentativas, força-tarefa consegue resgatar capivara ferida em Bebedouro, SP


Animal estava com barriga amarrada a um objeto que lembra uma corda e sofreu graves ferimentos. Suspeita é de que ele tenha sido alvo de caçador. Capivara foi resgatada e recebeu atendimento em Bebedouro
Arquivo pessoal
A capivara ferida que mobilizava uma força-tarefa desde o dia 18 de maio em Bebedouro (SP), enfim, foi resgatada neste sábado (3). O animal estava com barriga amarrada a um objeto que lembra uma corda e sofreu graves ferimentos.
A informação do resgate foi dada pela médica veterinária Maria Ângela Panelli, conhecida pelo trabalho feito com animais selvagens resgatados de maus-tratos e acidentes.
“Estou indo para o plantão, mas um plantão muito feliz. A nossa capivarinha de Bebedouro, todo mundo conseguiu pegar ela, conseguiu resgatá-la, e eles estão trazendo para mim. E eu estou correndo lá para poder dar os primeiros socorros para ela”, disse em um vídeo.
Segundo ela, a capivara foi medicada para que as larvas acumuladas saíssem das feridas. Depois, o animal teve parte da barriga enfaixada.
Força-tarefa
A tentativa de resgate de uma capivara ferida comoveu moradores. Protetores, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil participaram da força-tarefa. Mas o animal ignorava os alimentos deixados nas armadilhas e não deu chance à equipe.
Há cerca de duas semanas, moradores notaram que a capivara estava com o que parece ser uma corda ou de um cabo preso à barriga. A suspeita é que ela tenha sido alvo de um caçador e tenha escapado. Como está apertado, o objeto causou graves ferimentos na região traseira do corpo do animal.
Operação para salvar capivara machucada em Bebedouro, SP não chega ao fim
A força-tarefa espalhou vários alimentos por redes em toda a área para tentar atrair o animal e capturá-lo com o objetivo de levá-lo a um médico veterinário.
Arisca, a capivara nem chegou perto das armadilhas. Depois de sumir por vários minutos e atrair gente de todo o canto da cidade, ela reapareceu na beira do lago. As equipes ainda tentaram a aproximação por barco, mas sem sucesso.
A veterinária Maria Ângela afirmou que outras técnicas como tranquilizantes não poderiam ser utilizadas por oferecem risco à vida.
“Se a gente anestesiar ela, usar o dardo, ela vai se assustar com o dardo e ela vai para água. A água é o refúgio da capivara, ali ela sabe que está segura, ela é uma eximia nadadora, mergulhadora. Mas se a gente dardar [anestesiar], ela vai morrer afogada”, explicou na ocasião.
Capivara tem espécie de corda ou cabo amarrado à barriga em Bebedouro, SP
Valdinei Malaguti/EPTV
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