Aposentado vende água por Pix no trânsito de Ribeirão Preto, SP, mas não exige pagamento imediato


Rótulos vem com duas chaves Pix, mas Edir Padovan, de 56 anos, diz que motoristas contribuem, se desejarem, com o valor que puderem e conta que já recebeu R$ 100 por uma garrafa. Dinheiro arrecadado vai ajudar ex-dependentes químicos. Aposentado oferece garrafa de água com chave pix para motoristas de Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Um eletricista aposentado de Ribeirão Preto (SP) inventou um jeito criativo de arrecadar dinheiro para a igreja e ajudar ex-dependentes químicos: ele ‘vende’ água para motoristas que passam pela rotatória das avenidas Treze de Maio e Maria de Jesus Condeixa. A diferença é que Edir Padovan, de 56 anos, não exige pagamento imediato.
O cartaz até sugere um preço de R$ 2,50 pelas garrafas, mas ele afirma que o mais importante é a pessoas querer contribuir. “Eu não vendo água, eu sirvo água”.
As garrafas vêm com um adesivo informando a chave Pix, caso o ‘cliente’ queira contribuir com a igreja com algum valor de sua preferência. Segundo Padovan, a estratégia tem dado certo. Ele já chegou a receber R$ 100 por ‘uma garrafa de água’.
“As pessoas querem fazer o pagamento aqui, eu falo: ‘não precisa, vai embora’. Tem gente que quer deixar o RG, quer que eu anote a placa. Eu falo ‘não, vai embora, pega a água, pode ir, vai com Deus”.
Aposentado oferece garrafa de água com chave pix para motoristas de Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Atualmente, Padovan é pastor e administra uma igreja por meio das redes sociais. Faz dois meses que começou a venda de água para levantar fundos.
O dinheiro arrecadado é destinado especialmente para a confecção de um e-book para ajudar ex-dependentes químicos.
“Vai ajudar pessoas que são recuperadas de clínicas de dependência química, como eu fui um dependente químico. Elas vão ter acesso a uma renda, não vão sair da clínica do nada, sem saber o que fazer”.
No início, o pastor usou apenas um fardinho de água nas vendas. Agora, já são 100 fardinhos por mês, cerca de 1,2 mil garrafinhas.
Sem calote!
Por dia, são cerca de 70 garrafas ‘distribuídas’ e Padovan sequer se preocupa com a possibilidade de levar um calote.
“Não existe calote porque geralmente a pessoa do bem não tem esse intuito. E as pessoas más acho que nem água bebem”
Os valores pagos pelos motoristas variam. Ele conta que já chegou a receber R$ 100 por uma garrafa de água.
Aposentado oferece garrafa de água com chave pix para motoristas de Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Projeto de vida
Padovan fica na rotatória das 11h às 19h. Os horários de pico do trânsito, como almoço e fim de tarde, são os mais proveitosos.
O plano dele é incentivar pessoas que deixaram os vícios a recomeçar. Segundo ele, com o livro virtual, a venda de água pode ser feita em qualquer lugar do Brasil e ajuda na renda.
“Eu levo a minha garrafinha, o meu Pix, minha conta corrente, gelo, água e vou servindo alguém, gerando emprego e ajudando pessoas a saírem dos vícios”.
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