Atleta brasileira deixa Israel nesta quinta em voo da FAB: ‘Não vejo a hora de estar em casa’


Beatriz Palmieri, de 25 anos, mora em Hod Hasharon, na região de Tel Aviv, e ouviu sirenes e interceptações de bombas. Beatriz Palmieri, ponteira brasileira que está em Israel
Arquivo pessoal
A atleta brasileira de vôlei Beatriz Palmieri, de 25 anos, vive a expectativa de deixar Israel nesta quinta-feira (12) em meio à guerra com o Hamas e voltar ao Brasil em um dos voos da Força Aérea Brasileira (FAB). Além dela, outras cinco jogadoras estarão no mesmo avião: Camila Caroline, Thaynã Moraes, Mariana Dantas, Rúpia Inck Freitas Furtado e Camila Rodrigues.
Segundo a jogadora, ao chegar ao Brasil, a ideia é viajar para a casa da família em Ribeirão Preto (SP), cidade-natal dela. O voo, que ainda não teve o horário de embarque confirmado, deve durar 14 horas.
“A expectativa é enorme. A gente fica meio que em choque e não acredita. Só acredita quando realmente entrar no avião e chegar em casa. Não vejo a hora de estar em casa. É uma sensação de felicidade e gratidão às pessoas que nos ajudaram nesse processo todo e a Deus que movimentou tudo isso para gente voltar”, diz.
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‘Aterrorizada’
Beatriz mora em Hod Hasharon, que fica a 20 quilômetros da capital Tel Aviv. A jogadora do Maccabi Hod Hasharon afirmou que a cidade em que ela está não foi atacada, mas que da casa dela é possível ouvir sirenes de alerta dos ataques e bombas sendo interceptadas pelo governo israelense.
“A orientação sempre que a sirene tocar é correr para um bunker mais próximo. Temos um minuto e meio para chegar nesse bunker. O clube tem orientado a gente a ficar dentro de casa, apesar de que a rua está movimentada, as pessoas estão com comércios abertos na cidade que estou. Mesmo assim o clube nos orientou a ficar dentro de casa”, afirmou a jogadora, que preencheu um formulário da Embaixada Brasileira enviado a todos os brasileiros que estão em Israel para conseguir vagas nos voos da FAB.
A ponteira, que mora com outra brasileira, disse que, no sábado (7), quando os ataques começaram, não tinha como saber do que se tratava. Já à noite, quando a sirene tocou novamente, elas correram para um bunker e se protegeram.
“A gente está aterrorizada. Passaram e passam muitas coisas na cabeça. Será que vou conseguir sair daqui? O que vai acontecer? Como vou sair daqui? Se cair uma bomba aqui agora qual será a reação? A gente não sabe. É uma correria quando a sirene toca. A gente tem tentado ficar em casa e quando a sirene toca a gente vai para um bunker buscar proteção.”
Ainda de acordo com Beatriz, embora a cidade em que ela está não tenha sido alvo dos ataques, os barulhos das interceptações das bombas assustam e chamam a atenção.
“O barulho da interceptação parece barulho de bomba, mas não é. Elas acontecem um pouco antes da sirene ou durante a sirene, enquanto a gente está correndo para o bunker. Geralmente a gente está em casa apreensiva e começa a escutar barulho à distância. É questão de minutos para a sirene tocar”, destacou.
Ponteira Beatriz Palmieri quando defendia o São Caetano
Arquivo pessoal
Carreira
Beatriz Palmieri começou no vôlei aos oito anos no Sesi de Ribeirão Preto. Aos 14, foi para o Sesi em São Paulo e jogou nas categorias de base até os 18.
Depois, a ponteira foi para os Estados Unidos ao ganhar uma bolsa para treinar e estudar gestão de negócios. Ela estudou dois anos no Colorado e em Chicago, sempre atuando em times locais.
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Após a faculdade, Beatriz voltou para o Brasil e disputou a Superliga C pelo time de Chapecó-SC e a Superliga A pelo São Caetano, antes de ser transferida para o Chipre.
Desde o ano passado ela está em Israel. Primeiro defendeu o Hapoel Kiryat Ata, da cidade de Kiray Ata, e agora está no Maccabi Hod Hasharon.
Beatriz Palmieri em atuação pelo Hapoel Kiryat Ata, de Israel
Arquivo pessoal
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