Batuka Nega: O protagonismo das mulheres no samba de Ribeirão Preto

Com 15 anos de história e um legado que mistura talento, resistência e muita musicalidade, a Batuka Nega se destaca como uma das bandas mais importantes da cena do samba de Ribeirão Preto.

Formada por mulheres, a banda não é apenas um reflexo da diversidade e da força feminina, mas também uma representação do samba genuíno que atravessa gerações.

O surgimento da Batuka Nega

A trajetória da Batuka Nega começa há 15 anos, em um ambiente pouco comum para quem queria fazer samba: a escola. Quatro jovens, ainda no colégio, uniram-se pela paixão comum pelo samba e pela vontade de quebrar barreiras em um gênero musical que, historicamente, é dominado por homens.

Atualmente, a formação da banda conta com: Kamila Oliveira, Renata Amorim, Bruna Oliveira, Letícia Oliveira e Maju Oliveira.

Relação com a história do samba

O samba, um dos maiores símbolos culturais do Brasil, tem raízes profundas nas comunidades afro-brasileiras e tem sido um veículo poderoso para a expressão social e política do povo. Desde sua origem no Rio de Janeiro, na virada do século XX, até os dias de hoje, o samba tem sido palco de lutas e vitórias, sempre associado à resistência e ao sentimento de pertencimento.

Entretanto, por muito tempo, a presença feminina no samba foi quase invisível, especialmente no comando de grupos e bandas. Mulheres como Dona Ivone Lara, Tia Doca, e Beth Carvalho foram pioneiras em um ambiente tradicionalmente masculino.

A importância das mulheres no samba na música é resistência, empoderamento feminino, e o poder de liberdade de mostrar a todas nós que lugar de mulher é onde ela quiser

destaca Kamila

Assim como suas antecessoras, as integrantes da banda não apenas conquistaram seu espaço no samba como também representam o protagonismo feminino em um gênero musical que, até pouco tempo atrás, contava apenas com homens.

Kamila, Renata, Bruna, Letícia e Maju, são mais do que talentosas – são também porta-vozes de um movimento que resgata a essência do samba enquanto enfrentam as barreiras sociais ainda existentes.


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