Busca por tratamentos e diagnósticos para obesidade infantil cresce 38% no estado de SP


Crianças com idade de 5 a 9 anos são maioria nos atendimentos, segundo Saúde. USP em Ribeirão Preto tem programa que usa jogos eletrônicos para estimular a prática de exercícios físicos. Número de diagnósticos e tratamento de obesidade infantil aumentou 38% em SP em 2022
Quando a contadora Mariana Lippi, de Ribeirão Preto (SP), começou a perceber o aumento de peso do filho Guilherme, de 8 anos, logo foi procurar ajuda. Por conta pandemia, o garoto ficava muito tempo em frente às telas e o sedentarismo acabou se refletindo na balança.
“Ele sempre foi um menino ativo, mas depois com tudo que aconteceu o celular foi ganhando cada vez mais espaço e ele ganhando mais peso. Como na minha família tem histórico de obesidade eu resolvi mudar a rotina dele e procurar ajuda”, explica Mariana.
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Atendimentos em alta
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a busca por diagnóstico e tratamento para obesidade infantil aumentou 37,9% em 2022 em comparação a 2021. No ano passado, foram 2.199 atendimentos, entre diagnósticos, cirurgias e consultas, contra 1.594 no ano anterior.
As crianças com idade de 5 a 9 anos são as mais atendidas e representam 54% dos procedimentos ambulatoriais por obesidade em 2022.
Alimentação com excesso de gorduras e açúcares prejudica crianças obesidade dieta Ribeirão Preto
Reprodução EPTV
O combate à obesidade infantil, segundo a nutróloga pediátrica, Mariana Lippi, começa ainda na amamentação. “É assim que a gente garante uma qualidade de vida muito maravilhosa, não só na infância, mas também depois na vida adulta, então ela é fundamental”, explica.
Ela afirma que problemas de saúde mais comuns a adultos têm sido cada vez mais identificados em crianças, como diabetes, alteração de colesterol e doenças cardiovasculares. A obesidade também afeta muito a autoestima das crianças.
“Elas se sentem inferiores e menosprezadas e isso tem que ser levado muito em consideração. O bem estar consigo mesmo é fundamental.”
Crianças em Ribeirão Preto, SP, participam de programa da USP que estimula prática de exercícios físicos
Reprodução EPTV
Combate
Para combater a obesidade do filho, Mariana Lippi apostou em exercícios físicos e em um ajuste na alimentação da família.
“O exemplo é fundamental. Quando ele viu que toda família estava envolvida, ele se animou e começou a fazer melhores escolhas na hora de comer”, recomenda.
Guilherme também passou a frequentar duas vezes por semana um projeto da Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo (USP), o Exergames.
Guilherme faz exercícios brincando em Ribeirão Preto
EPTV
De acordo com o coordenador do projeto, Hugo Tourinho Filho, o objetivo é despertar em crianças com sobrepeso ou obesidade o gosto pelo exercício através da tecnologia.
“Os jogos eletrônicos ajudam muito, as crianças não ficam paradas e precisam interagir. Elas se exercitam sem perceber. Os resultados dessa brincadeira, vão muito além do emagrecimento”, diz.
Com os exercícios que faz com a ajuda do computador, Guilherme se diverte e colhe frutos do esforço físico que ele faz de forma saudável.
“Eu acho muito legal e eu percebi que depois que eu perdi peso, eu me sinto mais disposto e tenho mais fôlego para praticar outros esportes. Agora também eu me controlo mais na hora de comer para não exagerar”, diz.
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