Câmara de Luís Antônio, SP, aprova reajuste de 43% nos salários do Executivo e do Legislativo


Aumento passa a valer em janeiro de 2025 e vale para vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. Projetos aprovados não apresentam cálculo ou justificativa para percentual. Luiz Antônio, SP, aprova reajuste de 43% nos salários de vereadores, prefeito e vice
Os vereadores de Luís Antônio (SP) aprovaram um reajuste de 43% nos próprios salários durante a sessão da última quarta-feira (28). Dos nove parlamentares, cinco votaram a favor do aumento que passa a valer em 1º de janeiro de 2025 e vai até 31 de dezembro de 2028.
Na esteira da aprovação, foram reajustados ainda os vencimentos do prefeito, do vice e dos secretários municipais.
Tanto o projeto de resolução para os subsídios dos parlamentares como o projeto de lei complementar envolvendo o Executivo foram encaminhados pela Mesa Diretora da Câmara. Os dois textos não apresentam justificativas para o reajuste e o cálculo que resultou no percentual.
Os valores passam a ser de:
Vereador: R$ 9.371,45
Prefeito: de R$ 25.401, 11
Vice-prefeito: R$ 10.886,19.
Secretário municipal: R$ 11.165,32
De acordo com o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem 12.265 habitantes.
O presidente da Câmara dos Vereadores de Luís Antônio (SP), Vander Giraldeli (Republicanos)
Reprodução/Youtube
A EPTV, afiliada da TV Globo, esteve em Luis Antônio para conversar com os parlamentares, mas nenhum deles, inclusive o presidente da Casa de Leis, Vander Giraldeli (Republicanos), quis comentar o assunto.
Críticas
Parte da população se mostrou contrária à medida e protestou nas redes sociais.
“Eu acho um absurdo porque eles, como representantes da cidade, deveriam pensar no reajuste salarial dos monitores escolares, dos varredores de rua, eles deveriam pensar primeiro na população e depois neles”, reclama o motorista Admilson Alves Lobo.
Câmara Municipal de Luís Antônio, SP
Reprodução/EPTV
De acordo com o professor de gestão pública Leonardo Augusto Amaral Terra, o reajuste causa indignação porque o cenário é inverso ao que a maioria das pessoas enfrenta.
“Numa situação pós-pandemia como a que gente está vivendo, de recuperação econômica, a sociedade ainda não absorveu todos os impactos dessa crise e obviamente que quando você tem um aumento dessa magnitude no setor público, a população se revolta um pouco porque é desproporcional ao que a própria sociedade está vivendo nesse momento.”
Terra afirma que o impacto poderia ser menor caso os políticos fizessem reajustes com regularidade.
“Isso geraria um impacto menor na população do que um aumento dessa magnitude feito de uma só vez, especialmente após uma situação econômica como a que a gente viveu”, afirma.
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