A mulher apontada como amante do médico Luiz Antônio Garnica foi ouvida novamente pela Polícia Civil, em Ribeirão Preto, na manhã desta quarta-feira (14). A amante passou a noite com o médico entre os dias 21 e 22 de março, quando a professora Larissa Talle Leôncio Rodrigues, foi encontrada morta.
A testemunha foi ouvida por, aproximadamente, uma hora. Além do delegado Fernando Bravo, o promotor Marcus Túlio Nicolino e o advogado dela estiveram presentes no depoimento.
O que a amante disse?
Segundo o promotor, a amante disse que Luiz Antônio Garnica teria falado para testemunha que estava preocupado com a partilha dos bens em caso de um divórcio com Larissa. “A moça que foi ouvida hoje nos trouxe um dado muito importante”, disse Marcus Túlio Alves Nicolino.
“Ele [Garnica] teria confessado a ela [amante] que estaria preocupado com eventual partilha de bens com relação a Larissa, no caso de divórcio. Não sei o patrimônio que eles constituíram juntos, mas ele estava preocupado. Ele disse isso para amante. Que ele estava preocupado no sentido de dividir os bens com ela e fazer a partilha no caso de divórcio”.
A identidade da amante foi preservada, já que ela não é investigada. A mulher está colaborando nas informações junto à polícia e ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) como testemunha.
‘Álibi‘
Aos jornalistas, Marcus Túlio Nicolino disse que acredita que Luiz Antônio Garnica dormiu na casa amante na noite anterior a morte de Larissa para criar um álibi. Contudo, a mulher disse no depoimento que era comum que eles passassem a noite juntos.
“Segundo ela, ele frequentava a casa dela e dormia na casa dela com uma certa frequência. Mas, claro que dá a entender que no dia ele quis criar um álibi. Quis ser visto publicamente. Ele foi visto no cinema com ela. Ele pernoitou na casa dela, de forma a ser um álibi no sentido de que ele não estava na casa quando o fato teria ocorrido”, afirma o promotor.
“Excepcionalmente eles frequentava locais públicos. Eles costumavam, de vez em quando, segundo ela, viajar para São Paulo para ficarem juntos em São Paulo. Aqui em Ribeirão Preto não tinham o hábito de saírem em locais públicos. Até, na noite de sexta-feira, que antecedeu a morte da Larissa, ficou bastante sintomático que ele quis aparecer em público para dizer que estava fora de casa e não teria participação nenhuma”, completa.
O Henrique Berge Teodoro Lima, que acompanhou a testemunha no depoimento, disse que a mulher tem colaborado desde o início das investigações. “Está à disposição da Justiça. Desde o início das investigações ela se mostra muito pronta. Forneceu todas as informações relativas ao caso”, afirma.
Outro lado
Na última terça-feira (13), os advogados de Luiz Antônio Garnica e Elizabete Eugênio Arrabaça divulgaram uma nota conjunta denunciando a falta de acesso completo às investigações que resultaram na prisão temporária dos dois.
No comunicado, os representantes legais alegam que só tiveram acesso ao “inteiro teor” dos autos no final desta segunda-feira (12), contudo, ainda não conseguiram obter todas as informações para o confronto da defesa.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) disse que a “vem atuando com total transparência e respeito aos direitos da defesa, sempre dentro dos limites legais. As diligências que não comprometem o sigilo da investigação foram regularmente disponibilizadas aos representantes legais das partes envolvidas”.
As investigações seguem em andamento pela 3ª Delegacia de Homicídios da DEIC do Deinter-3 (Ribeirão Preto). “Até o momento, a equipe da unidade já realizou a oitiva de testemunhas, análise de imagens e coleta de documentos, entre outras diligências voltadas ao completo esclarecimento dos fatos”.
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