De Imagine Dragons a Christina Perri: professor em Ribeirão Preto aposta em paródias para ensinar física ao alunos


Jonas Carrero Bloch dá aulas há 15 anos para alunos do Ensino Médio e usa da criatividade para ajudar a fixar conteúdos complexos de uma das disciplinas mais temidas em sala de aula. De Imagine Dragons a Christina Perri: professor faz paródias para ensinar física
Aprender física pode ser difícil, mas não para os alunos do Ensino Médio do professor Jonas Carrero Bloch, de Ribeirão Preto (SP). Para ajudar a fixar o conteúdo das aulas, ele aposta na composição de paródias de músicas famosas.
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Ao som de ‘Believer’, da banda americana Imagine Dragons, os alunos podem aprender sobre a formação de imagens nos espelhos côncavo e convexo. Ou se preferirem podem saber mais sobre as três Leis de Newton, embalados pelo toque da romântica ‘A Thousand Years’, da cantora Christina Perri (confira no vídeo acima).
Os vídeos são publicados nas redes sociais do professor, assim o alcance é maior e mais estudantes podem aprender. Bloch contou ao g1 que apesar de muitos acreditarem que é apenas uma brincadeira, para ele é uma maneira efetiva de aprendizado.
“Eu vejo como uma ferramenta pedagógica e didática. Eu uso projetor, uso vídeo, uso lousa e eu uso a música também. Eu acho que pode ser mais um complemento para o aluno e tem alguns que se desenvolvem bastante com isso”.
O professor dá aulas há 15 anos e explica que a música é uma linguagem que os alunos geralmente gostam e se identificam. Além disso, eles conseguem lembrar do conteúdo com maior facilidade.
As músicas são uma boa alternativa, por exemplo, para o estudantes que prestam o segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (10). São 45 questões de múltipla escolha, uma parte sobre física, e as paródias podem ser uma aliada para garantir mais um ponto.
Professor de Ribeirão Preto aposta em paródias de músicas famosas para ensinar Física
Arquivo Pessoal
🎤📚 Música + educação
A ideia de unir a melodia com matérias de física surgiu de um hábito do professor. Ele contou que durante sua graduação e no mestrado, época em que era estudante, fazia músicas para poder lembrar do conteúdo dado nas aulas.
O talento com os instrumentos e a afinidade com a música tem influência do pai pianista. Desde pequeno, Bloch aprendeu a tocar instrumentos como violão e bateria e os praticava na igreja.
“Eu acho que a música tem esse poder, então a gente pode usar esse poder em favor da aprendizagem. Quando eu fui para a sala de aula, física não é uma matéria simples, tem gente que não gosta e a música consegue atingir todo mundo”.
O professor acredita tanto no poder da música que utiliza da melodia para ensinar seus filhos a guardar informações. Número do celular, placa de carro, tudo é ensinado através de uma boa melodia.
Professor de Ribeirão Preto aposta em paródias de músicas famosas para ensinar Física
Arquivo Pessoal
🎬 Produção dos vídeos
O trabalho para a produção dos vídeos passa por diversas etapas. A primeira é a escolha da música, que geralmente são aquelas que já estão na memória da maioria das pessoas.
“Depois eu fico tentando encaixar as palavras, as que caberiam melhor com aquela música. Eu sento e fico bolando, assim, que teoria ou que conceitos são mais importantes daquela disciplina e tento encaixar aquilo. Aí eu pego o violão, gravo várias vezes e aí a letra sai”.
O principal para Bloch é passar o conteúdo corretamente, independentemente da forma. Por isso a preocupação com a letra é o principal desafio durante a construção dos vídeos.
Professor de Ribeirão Preto aposta em paródias de músicas famosas para ensinar Física
Arquivo Pessoal
Depois dessa etapa, chega o momento de gravar e editar as paródias. Foi durante a pandemia que ele desenvolveu a técnica para essa parte da produção, já que as aulas precisaram ser online.
“Eu já gostava de mexer com audiovisual, puramente amador assim, e aí eu me disponibilizei e comecei a gravar vídeos para outros professores, materiais didáticos também. Eu tenho atualmente um estúdio de gravação, uma estrutura em casa”.
*Sob supervisão de Thaisa Figueiredo
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