Empresário de Bebedouro, SP, é suspeito de aplicar golpe de R$ 3 milhões em esquema de pirâmide


Homem está com prisão preventiva decretada pela Justiça e é considerado foragido. Ele deve responder por estelionato e lavagem de dinheiro. Empresário de Bebedouro, SP, é suspeito de aplicar golpe de R$ 3 milhões
Um empresário de 41 anos de Bebedouro (SP) suspeito de aplicar um golpe milionário que pode chegar a R$ 3 milhões teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e é considerado foragido.
A identidade dele está sendo preservada pela polícia para não atrapalhar as investigações. O suspeito não tinha uma corretora de investimentos, o que caracteriza o esquema como pirâmide financeira.
Segundo a Polícia Civil, os golpes foram aplicados por, aproximadamente, um ano e meio, entre 2021 e 2022.
De acordo com o delegado João Vitor Silvério, que está à frente do caso, quatro vítimas já prestaram depoimento. Juntas, elas investiram R$ 900 mil.
“Se outras vítimas forem identificadas, realmente, [esse valor] pode se aproximar de R$ 3 milhões. Isso porque uma das contas do investigado revelou que, no período, ele movimentou mais de R$ 2 milhões”.
1º Distrito Policial de Bebedouro, SP
Reprodução/EPTV
Segundo a polícia, o rendimento mensal do esquema chegava a 10%, muito maior que as aplicações normais.
Aos investidores, o empresário dizia que esse alto rendimento era possível porque usava robôs financeiros com inteligência artificial.
“O investigado se valia de ser uma pessoa conhecida na sociedade e acabava convidando pessoas de seu relacionamento para participar desse investimento que, segundo ele, seria bastante vantajoso”, diz o delegado.
Ele deve responder por estelionato e lavagem de dinheiro e pode receber uma pena de até dez anos.
A quebra de sigilo bancário também mostrou que outras pessoas podem estar envolvidas no esquema. Uma delas seria a irmã do suspeito.
O delegado João Vitor Silvério, investiga do caso em Bebedouro, SP
Reprodução/EPTV
Esquema organizado
Duas vítimas chegaram a investir R$ 600 mil. Advogado de uma delas, Luciano Oliveira explica que o suspeito conquistava a confiança de investidores sugerindo aplicações em valores baixos.
“A vítima começa com muito pouco, nossos clientes começaram com R$ 1 mil. Prestava serviços para eles e foi sendo envolvido. Esse R$ 1 mil voltava em torno de 10% e aí vai subindo os investimentos”.
Oliveira também conta que, no início, o empresário repassava valores para os investidores dizendo que seriam os rendimentos.
Segundo o advogado, o esquema era bem organizado e o empresário suspeito usou, inclusive, prints falsificados para dar aspecto de legalidade aos investimentos.
Dessa forma, ele conquistava a confiança das vítimas e as incentivava a indicar mais pessoas para participar do golpe.
“Inicialmente, é um sistema complexo e bem profissional. Tem outras pessoas envolvidas, há um trânsito financeiro bem delineado. Pode ser que a gente chegue em outros criminosos, então a polícia está bem engajada em encontrar outras pessoas, até mesmo, para saber onde esse dinheiro chegou”.
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