Estudo da USP Ribeirão acende alerta para dietas sem orientação profissional

Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo) acende alerta para quem realiza dietas sem orientação profissional. A pesquisa aponta que dietas com alto teor de proteínas pode comprometer a saúde dos ossos se estiver associada com restrição calórica.

Dietas do tipo são adotadas por pessoas que buscam o emagrecimento ou ganhar massa muscular. O estudo foi realizado pela aluna de mestrado Beatriz Coimbra Romano e foi orientado pelo professor Francisco José Albuquerque de Paula.

Os pesquisadores acompanharam um grupo de ratas que seguiram diferentes padrões alimentares ao longo de oito semanas. Os resultados indicam que, embora a dieta rica em proteínas ajude a preservar os músculos, ela agrava a perda óssea e aumenta a gordura na medula óssea, um fator associado ao risco de osteoporose.

“A restrição calórica tem sido utilizada como hábito saudável e existe evidência de que pode aumentar a expectativa de vida, mas também é comum entre pessoas que querem emagrecer por conta própria, sem acompanhamento profissional”, explica Beatriz.

Descoberta

Segundo os pesquisadores, a principal descoberta do estudo foi a preservação da massa muscular no grupo que recebeu a dieta com muitas proteínas. No entanto, essa mesma dieta acentuou a redução da massa óssea e aumento expressivo de gordura dentro da medula óssea.

“Essa contradição mostra que nem sempre uma estratégia que funciona para uma parte do corpo funciona para todas”, comenta Beatriz. “A proteína ajuda o músculo, mas pode prejudicar os ossos em dietas restritivas.”

Por que a gordura da medula é um problema?

Segundo o professor, o aumento da gordura na medula óssea já é conhecido como um fator de risco para baixa densidade mineral óssea.  “Mudanças alimentares sem orientação podem ter efeitos negativos silenciosos, como os vistos em nossa pesquisa”, alerta a pesquisadora.

Apesar dos resultados promissores na preservação da massa magra, os autores recomendam cautela e acompanhamento profissional ao adotar esse tipo de dieta. “É preciso considerar não apenas o benefício muscular ou a perda de gordura, mas os efeitos no organismo como um todo”, completa Francisco José.

(Com informações FMRP-USP)

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