Ao menos sete pessoas procuradas pela Justiça na região de Ribeirão Preto continuam em liberdade, mesmo depois de anos dos crimes que cometeram – veja quem são abaixo.
Os nomes dos foragidos constam como procurados no Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões. Alguns dos casos já foram julgados e os mesmos foram condenados.
Em entrevista a EPTV, o advogado João Pedro Silvestrini disse que uma das explicações para esse cenário pode ser a própria a questão geográfica do Brasil, já que ela possibilita a fuga dos procurados para locais distantes e dificulta as buscas pelos mesmos.
Ele ainda explica que o Brasil é um país com muitas florestas, zonas rurais e comunidades, o que pode ajudar foragidos a se esconderem da Justiça, entretanto, essas pessoas podem ser presas a qualquer momento.
“A prescrição é bastante difícil, porque temos prazos muito grandes no nosso ordenamento jurídico, na nossa lei, é quase 30 anos. A prescrição é muito raro de acontecer”, explicou o advogado
Veja quem são as pessoas que estão foragidas
Julgados e condenados
- Alexandre Luis Maturana
O advogado Alexandre Luis Maturana foi condenado à prisão pela morte de Rubem Falconi de Oliveira, atropelado em maio de 2008, após uma festa em um clube de Ribeirão Preto.
Maturana respondeu ao processo em liberdade e foi condenado a 14 anos de prisão pelo júri popular de Ribeirão Preto, por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O acusado teve direito de recorrer da decisão também em liberdade. Entretanto, em 2020, após a defesa tentar por diversas vezes derrubar a decisão, foi expedido um mandado de prisão pela Justiça e ele nunca mais foi visto.
A defesa de Maturana não foi localizada para comentar.
- Valdinei Cecílio de Brito
O ex-policial militar Valdinei Cecílio de Brito foi condenado pelo Tribunal do Júri a 24 anos de prisão pelo assassinato do adolescente Luciano Ângelo de Lima Filho, contudo, aguardava em liberdade o resultado de um recurso em segunda instância.
Entretanto, uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou em outubro, que réus condenados nesta modalidade de julgamento fossem presos imediatamente. Um mandado foi expedido contra Valdinei, mas ele não foi localizado.
O crime ocorreu em 2012, em Ribeirão Preto. A vítima tinha 15 anos quando foi baleada nas costas, enquanto andava de bicicleta com um amigo nas proximidades de um posto de combustível, no Jardim Piratininga, na zona Oeste.
À época, o amigo de Luciano havia declarado à polícia que a vítima teria chutado um cone próximo a uma obra na avenida Patriarca, quando foi surpreendida pelo PM que morava nas proximidades.
Procurada pela EPTV, a defesa de Valdinei Cecílio Brito não quis se manifestar.
- Thiago Moreira
Thiago Moreira é o ex-carceiro responsável pela morte de Thiago Xavier de Stéfani, em 2003. O jovem de 21 anos foi morto a tiros em casa, no Jardim Independência, zona Norte de Ribeirão Preto.
De acordo com o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), o motivo do crime teria ciúmes, já que a vítima estava se relacionando com uma mulher que mantinha contato com o ex-policial civil Ricardo José Guimarães, condenado a 30 anos de prisão.
Moreira foi condenado a 25 anos de prisão. Na época do crime, os policiais alegaram que na casa do jovem haviam encontrado drogas, armas e até uma réplica de metralhadora.
Procurada pela EPTV, a defesa de Thiago Moreira não quis se manifestar.
Suspeitos foragidos
- Erick Mateus de Oliveira Arantes
Erick Mateus de Oliveira Arantes é o homem que pulou da janela e conseguiu fugir do prédio da Policia Federal (PF), em Ribeirão Preto, enquanto prestava depoimento, em agosto de 2024.
O acusado foi preso com uma carga de cigarros contrabandeados do Paraguai. Ele estava em uma sala do primeiro andar, acompanhado do advogado, um delegado e um agente policial, quando pulou a janela do edifício.
A defesa de Maturana não foi localizada para comentar sobre o assunto.
- Carlos Alberto Orioli Salomão, Bruno Carlos Orioli e Wagner Queiroz do Nascimento
Os três homens são procurados pela Justiça por suspeita de envolvimento na morte do empresário Rogério Salomão e da advogada Lilian Cláudia Jorge, em Jardinópolis, em outubro de 2024.
Carlos Alberto Orioli Salomão é acusado de atirar no irmão, por conta de uma herança deixada pelo pai. A Justiça decretou a prisão do homem dois dias após o crime. Bruno Carlos Orioli e Wagner Queiroz do Nascimento também possuem envolvimento no crime.
Em nota, os advogados do comerciante Carlos Salomão e de seu filho, Bruno Carlos Orioli disseram que entraram com um pedido para derrubar as prisões preventivas, mas que ainda não tiveram uma decisão da justiça. Já o advogado de Wagner ainda não deu um retorno.
*Com informações da EPTV
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