Guerra entre Hamas e Israel: comunidade muçulmana no interior de SP se mobiliza em orações por fim da guerra


‘Choramos todas essas mortes’, diz diretor de mesquita em Barretos (SP). Confronto entre forças israelenses e do grupo que controla a Faixa de Gaza entrou no sexto dia com mais de 2,7 mil mortos. Muçulmanos fazem vigília em mesquita de Barretos para pedir fim da guerra no Oriente Médio
Árabes ou judeus, não importa. Para a comunidade muçulmana que frequenta a mesquita em Barretos (SP), a maior na região de Ribeirão Preto (SP), todos perdem com o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas.
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Desde que o confronto começou, os fiéis têm se mobilizado em orações, pedindo o fim da guerra no Oriente Médio.
“Infelizmente já não é a primeira vez. Nós choramos todas essas mortes”, afirma Faissal Atwi, diretor da mesquita.
Mesquita em Barretos (SP)
Reprodução/EPTV
O conflito chegou, neste sábado (12), ao sexto dia, com 2,7 mil mortes, entre elas 1,3 mil em Israel, que foi invadida pelos extremistas, teve várias cidades atacadas e civis sequestrados, e 1,4 mil na região palestina, onde metade das vítimas é formada por crianças e mulheres na Faixa de Gaza.

Por conta da resposta de Israel aos ataques do Hamas, o território tem pelo menos 340 mil pessoas desabrigadas, além da falta de água, alimentos e eletricidade.
Fumaça vista em Gaza após bombardeio israelense nesta quinta-feira (12).
Saleh Salem/Reuters
‘São irmãos’
Integrante da comunidade muçulmana em Barretos, o jovem Victor Peixoto lembra dos laços entre judeus e árabes, que datam de muitos séculos.
“Árabes e judeus conviveram na maior parte da sua história como povos que habitavam as mesmas cidades, viviam em paz, são irmãos semitas. Se você analisar a Bíblia, os patriarcas que dão origem aos mesmos povos são irmãos. Os árabes têm a figura do seu patriarca Ismael, e os judeus, os hebreus, têm na figura de seu patriarca Isaac”, diz.
O jovem Victor Peixoto, da comunidade muçulmana em Barretos (SP)
Reprodução/EPTV
Diante das crescentes mortes, ele defende a importância de se condenar todo tipo de ataque, sejam aqueles realizados contra o povo de Israel, seja contra a população que habita a Faixa de Gaza.
“Inocentes não podem ser relativizados, seja um inocente judeu, de origem israelense, ou um inocente árabe, de origem palestina. Nenhum tipo de violência pode ser relativizada, e as lágrimas de uma mãe judia não são menos sofridas do que uma lágrima de uma mãe palestina e vice-versa. Então a gente sente em nossos corações estão voltados para situação que acontece lá porque antes de uma crise de países e povos é uma causa humanitária”, afirma.
Israel diz que está bombardeando alvos do Hamas em Gaza em resposta ao ataque do grupo
Reuters
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