IBGE: 12 a cada 100 imóveis estão vagos nas 4 maiores cidades da região de Ribeirão Preto; gráfico


Em Ribeirão, Franca, Sertãozinho e Barretos, 74,3 mil unidades particulares não têm moradores, aponta Censo. Migração interna e especulação movimentam mercado. Imóveis em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Para cada 100 imóveis particulares existentes nas quatro maiores cidades da região de Ribeirão Preto (SP), 12 estão permanentemente desocupados, apontam os números do mais recente Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, Ribeirão Preto, Franca (SP), Sertãozinho (SP) e Barretos (SP), juntas, têm 581,7 mil imóveis cadastrados, dos quais 74,3 mil não têm moradores, uma proporção de 12,78%.
Outras 20,9 mil unidades habitacionais das quatro cidades também são listadas como desocupadas, mas de uso ocasional, o que corresponde a 3,61%.

Com o maior volume de imóveis vagos, Ribeirão Preto totaliza 44,6 mil residências que, atualmente, não se destinam à moradia de nenhuma pessoa, o que representa um percentual acima da média da região, de 13,89%.
Em Franca, são 17,4 mil imóveis, seguida por Barretos, com 6,2 mil, e Sertãozinho, com 5,9 mil.
LEIA TAMBÉM
IBGE: 56 cidades da região ‘perdem’ população e podem ter repasses afetados; entenda
Migração interna e especulação
Na maior cidade da região, houve um aumento de 180% no número de imóveis vagos. Em 2010, o município tinha menos de 16 mil domicílios sem ocupação. Doze anos depois, o Censo aponta que esse número passou para quase 45 mil.
A migração interna, entre diferentes bairros e por motivações socioeconômicas diferentes, é o principal motor desse avanço no mercado imobiliário.
O primeiro motivo dessa troca é forçado pelo aumento do valor do metro quadrado, que leva pessoas sem condições financeiras de bairros tradicionais a procurarem casa em regiões mais afastadas.
Por outro lado, quem tem poder aquisitivo também migra, mas para condomínios de luxo, em bairros mais novos, ainda que distantes.
“A gente não teve um crescimento da população de Ribeirão Preto que foi significativo nos últimos dez anos. Então a gente não tem hoje uma população à altura do número de unidades habitacionais disponibilizadas no mercado”, analisa a arquiteta Marcela Cury Petenusci, integrante do Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais (IPCCIC).
Além disso, ela afirma que, como centro regional, Ribeirão Preto atrai o interesse de investidores, que compram imóveis à espera de valorização.
“A gente tem um mercado de investimentos imobiliários muito forte em Ribeirão Preto. Muita gente compra para investir. (…) O preço do metro quadrado em Ribeirão Preto é muito alto, então a gente tem um mercado muito aquecido.”
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

Adicionar aos favoritos o Link permanente.