Justiça manda soltar médico suspeito de passar pênis em paciente durante consulta em Igarapava, SP


Segundo decisão desta quinta-feira (25), Laerte Fogaça de Souza Filho deve cumprir medidas cautelares e pagar fiança de R$ 40 mil. Ela nega que tenha assediado mulher durante consulta. Laerte Fogaça de Souza Filho é suspeito de abuso sexual contra paciente em Igarapava, SP
Reprodução/Câmara dos Vereadores de Ituverava
A Justiça mandou soltar nesta quinta-feira (25) o médico Laerte Fogaça de Souza Filho, de 57 anos, preso em flagrante na quarta-feira (24) após ser denunciado por abuso sexual contra uma paciente em um hospital de Igarapava (SP). Ele deve pagar fiança de R$ 40 mil.
Segundo a decisão, Laerte, que também é vereador em Ituverava (SP), deve cumprir as seguintes medidas cautelares:
Não pode se aproximar da vítima ou de seus familiares;
Está proibido de manter contato com a vítima ou seus familiares por qualquer meio de comunicação;
Não pode manter contato com qualquer testemunha ligada à apuração dos fatos;
Deve comparecer a todos os atos do processo;
Está proibido de ausentar-se da comarca de seu domicílio por mais de cinco dias sem prévia autorização judicial;
Está proibido de promover atendimento médico clínico ou hospitalar de mulheres, excetuados os casos de urgência ou emergência.
Segundo o advogado Matheus Queiroz de Souza, Laerte nega as acusações.
Denúncia
A denúncia contra o médico foi feita na quarta-feira (24) à Polícia Civil de Igarapava. Uma paciente, de 37 anos, contou à polícia que estava em consulta no Hospital dos Canavieiros com o médico ortopedista e que ele pediu a ela para deitar na maca para examinar a perna dela.
Segundo a mulher, o médico esfregou o pênis ereto nela por três vezes durante o exame. De acordo com o boletim de ocorrência, ela chegou a questionar o profissional, que se assustou e pediu desculpas, dizendo que foi sem intenção.
Após ouvir a denunciante, o delegado Gabriel Fernando da Silva esteve no hospital junto com outros policiais e prendeu o médico em flagrante. De acordo com o delegado, Laerte já tinha pelo menos duas queixas por abuso prestadas contra ele, uma em 2020 e outra em 2022.
Durante a prisão, Laerte passou mal e precisou ser levado à Santa Casa de Igarapava. Após receber alta, passou por audiência de custódia nesta quinta-feira, quando acabou obtendo a liberdade provisória da Justiça.
A Unimed Norte Paulista, que é responsável pelo Hospital dos Canavieiros, onde aconteceu o suposto assédio, informou que avalia a abertura de uma sindicância para apurar a conduta do médico.
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