Mulher morta e enterrada no quintal: saiba os principais pontos da investigação em Barretos


Leonardo Silva, de 18 anos, confessou ter matado Nilza Costa, de 62 anos, após ser demitido por ela. Jovem comprou moto e movimentou conta bancária da vítima após o crime. Preso e investigado por matar e enterrar Nilza Costa Pingoud, de 62 anos, no quintal da casa dela, em Barretos (SP), o jovem Leonardo Silva, de 18 anos, confessou o crime e disse que agiu motivado por vingança depois de ser demitido por ela.
Mesmo assim, a Polícia Civil informou que deve concluir o inquérito tratando o caso como um latrocínio, ou seja, um roubo envolvendo morte, e descarta inicialmente mudar a linha de investigação para homicídio.
Suspeito de assassinar Nilza Costa Pingoud vivia nos fundos da casa da vítima
Montagem/g1
A seguir, entenda os principais pontos da investigação da Polícia Civil.
✔A ordem dos atos não influencia: o latrocínio está previsto no artigo 157 do Código Penal, no parágrafo 3º e inciso II, e é conhecido como roubo seguido de morte. Mas, segundo o delegado Rafael Faria Domingos, o roubo não necessariamente precisa ter ocorrido antes da morte nesse caso. “Quando falamos em latrocínio temos um roubo e dentro desse roubo uma morte, não precisa ser depois do roubo”, afirma.
✔Houve dano patrimonial: no entendimento da Polícia Civil, as investigações apontaram até o momento que, a despeito das falas do suspeito, a maior motivação do jovem em matar Nilza em Barretos foi financeira. As autoridades apuraram que o suspeito teve acesso à conta bancária da vítima e comprou uma motocicleta nova para ele.

✔Motivação torpe pode agravar pena: segundo o delegado, a vingança alegada pelo suspeito, se confirmada nos autos, não necessariamente precisa mudar a tipificação do crime, mas sim agravar a pena na fase de dosimetria do processo. “Em um primeiro momento, para nós, não existe essa qualificadora, mas o juiz pode utilizar isso para majorar a pena, para agravar a pena quando ele for sentenciar, se [o jovem for] condenado.”
✔Investigação ainda está em curso: o delegado Rafael Faria Domingos também explica que ainda apura a possibilidade de eventual participação de outras pessoas na morte da moradora de Barretos. “Precisamos verificar com profundidade maior se não há participação ou coautoria de terceiros.”
✔Suspeito agiu consciente, diz delegado: ao confessar o crime, o suspeito debochou do ocorrido e não demonstrou arrependimento, o que, para a Polícia Civil, não derruba a convicção de que o jovem agiu de modo consciente ao matar e enterrar a vítima no quintal da casa dela. Domingos argumenta que tem evidências de que o jovem, que disse ter se escondido em um cômodo da casa e matou a mulher por asfixia usando um fio, se planejou. “Por tudo o que foi demonstrado, ficou muita clara essa consciência do que ele estava fazendo a despeito de ele poder ser diagnosticado com algum tipo de transtorno. Então, nesse sentido, entendemos que ele não é inimputável e que ele deve responder por esses crimes como imputável.”
O que se sabe sobre o caso em Barretos
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Jovem foi preso em MG depois de ser identificado por câmeras de segurança
Suspeito comprou moto com dinheiro da vítima, diz delegado
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