Lais Oliveira publicou vídeos nas redes sociais dizendo ‘saber onde encontrar’ seguidora. Defesa da vítima diz que vai pedir medida protetiva. Seguidora de Ribeirão Preto, SP, acusa influenciadora Lais Oliveira de ameaçá-la nas redes sociais
Reprodução/EPTV
A seguidora que denunciou Lais Oliveira após dizer que não recebeu o prêmio de R$ 15 mil em um sorteio on-line afirma que está abalada com novas publicações da influenciadora de Ribeirão Preto (SP), onde ela diz que ‘sabe onde encontrá-la’ e ‘sabe onde é a igreja dela’.
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Segundo a advogada da vítima, Hevelin Clair de Castro, a mulher, que tem medo de ser identificada, deixou de frequentar lugares públicos com a família e vai pedir na Justiça uma medida protetiva para que Lais seja impedida de se aproximar dela.
“Ela está bem abalada. Ela tem ido ao trabalho, trocou de trabalho, mas ambientes públicos que corra o risco, inclusive a igreja que foi citada, não tem ido mais por medo. Agora ela mesma [Lais] mostrou que, se acontecer algo com ela, está na cara para quem quiser ver”.
À EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Lais negou que a influenciadora tenha ameaçado a seguidora.
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As publicações em tons de intimidação foram feitas na semana passada, mas já foram retiradas das redes sociais. Alguns usuários, no entanto, passaram a compartilhar o conteúdo, segundo Hevelin.
“Ela [a cliente] me procurou assim que ocorreu a postagem. Algumas pessoas sabiam que era ela, então a procuraram, ela recebeu muitas mensagens, foi muito conturbado e tem sido. Os próprios internautas se manifestam [para Lais] ‘e aí, agora você ainda está ameaçando?’, ‘o que você vai fazer com ela?'”.
Veja na íntegra a reportagem do EPTV2:
Seguidora pede medida protetiva contra influenciadora de Ribeirão Preto após ameaças
Publicações em tons de ameaça
Em um dos momentos da publicação, que dura pouco mais de dois minutos, Lais questiona a seguidora do porquê ela não aparecer para o público e diz que ‘sabe quem ela é’ e ‘tem o CPF dela’.
Segundo Hevelin, a intenção da cliente era contar o ocorrido para alertar outras pessoas.
“Ela [Lais] quis se expor, diferentemente da minha cliente, que nem se identificou. Só aconteceu de relatar o ocorrido com ela para evitar que outras pessoas caíssem em fraude que ela caiu. Em nenhum momento, ela quis aparecer e, por isso, que não pôs a cara mesmo, por receio, porque não sabe com quem está lidando. E ainda você vai falar de uma pessoa que está presa por suposta acusação de outro crime. Ela só quer que se faça justiça”.
Em posts nas redes sociais, Lais Oliveira falou sobre seguidora que denunciou não ter ganhado valor prometido em sorteio em Ribeirão Preto, SP
Redes sociais
A advogada disse que orientou a mulher a registrar um novo boletim de ocorrência contra a influenciadora e agora vai entrar na Justiça para pedir uma indenização por conta do valor do prêmio não recebido e também por dano moral.
“Vamos para a esfera civil, para que ela repare. Tanto pague o que deve, quanto repare esse dano e a extensão que ela vem trazendo. Em vez de trazer uma solução, só estendeu mais”.
Para Hevelin, além de intimidar a seguidora que a denunciou, Lais também ‘daria uma resposta’ a quem vir a tentar fazer o mesmo.
“Uma exposição com ameaça e vejo até uma forma, de repente, se outras pessoas foram lesionadas, uma forma de inibir que elas recorram à Justiça, assim como minha cliente fez. Uma forma de coagir outros”.
Envolvimento em jogos de azar
Lais e o marido, Eduardo Veloso, foram denunciados pelo Ministério Público de Alagoas por integrar um grupo envolvido na prática de crimes contra a ordem econômica, lavagem de bens e exploração de jogos de azar a partir da divulgação do “jogo do tigrinho”.
Segundo as investigações, os dois receberam mais de R$ 1,9 milhão em menos de um ano. Eles foram presos no dia 4 de dezembro, durante férias em Fortaleza (CE), e liberados 17 dias depois, quando retornaram a Ribeirão Preto.
Lais Oliveira é influenciadora em Ribeirão Preto, SP
Redes sociais
Segundo o MP, Lais e Eduardo estampariam as imagens de publicidade do esquema fraudulento e também eram divulgados nos stories de uma das investigadas, que é mulher do chefe da organização criminosa.
O g1 entrou em contato com o órgão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O Tribunal de Justiça de Alagoas, onde corre o processo, disse que não poderia passar informações pois o caso tramita em segredo.
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