Operação do Detran e das polícias fecha sete desmanches por irregularidades em Ribeirão Preto


Quatro pessoas foram presas, uma delas por receptação qualificada, nesta quinta-feira (10). Selos aplicados em peças legalizadas são proteção para consumidores. Polícias Civil e Militar e Detran-SP lacraram sete desmanches irregulares e prenderam quatro pessoas em Ribeirão Preto, SP
José Augusto Júnior/EPTV
Uma operação conjunta do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e das polícias Civil e Militar contra a receptação de peças de veículos furtados ou roubados prendeu quatro pessoas nesta quinta-feira (10) em Ribeirão Preto (SP).
Segundo o delegado seccional Sebastião Vicente Picinato, dos 23 desmanches alvos da fiscalização, sete foram lacrados e autuados.
Uma mulher de 29 anos foi presa por suspeita de receptação qualificada e não cabe fiança. No estabelecimento dela, no bairro Vila Carvalho, foram encontradas peças de veículos distintos e que tinham sido alvos de crimes em Ribeirão Preto, Cravinhos (SP) e Pradópolis (SP).
“Esse estabelecimento vendia peças velhas, usadas. A gente vê que ali era um dos focos ao qual se destinam os veículos subtraídos na região e em Ribeirão Preto. Os serviços de inteligência têm monitorado e vão agir quantas vezes for necessário para diminuir os furtos e roubos”, disse.
À polícia, a suspeita negou qualquer participação em crimes e disse que tinha comprado o estabelecimento há cerca de quatro meses. A loja não estava credenciada no Detran.
As outras três pessoas presas foram levadas à delegacia porque exerciam a atividade sem o credenciamento no órgão de trânsito, o que é considerado contravenção. Elas assinaram um termo circunstanciado e vão responder em liberdade.
Esta é a terceira operação feita pelas autoridades em Ribeirão Preto neste ano com o objetivo de coibir a receptação e, consequentemente, furtos e roubos de veículos.
Segundo Picinato, a zona Norte da cidade concentra a maior parte dos estabelecimentos que comercializam peças automotivas usadas. Na região da Baixada, no Centro, a maioria das operações envolvem motos.
“Com a modificação da legislação, hoje, quem adquire um veículo de procedência ilícita e coloca placa, ele comete crime e vai ser preso em flagrante por receptação e adulteração. Esse tipo de mercado, a tendência é diminuir porque vai ter consequências severas para a pessoa que tiver adquirido”, afirma Picinato.
Como identificar origem do produto
Fiscal do Detran, Rildson Marcos ressalta que o comércio de peças usadas legais é feito por estabelecimentos que têm autorização do Detran para funcionar. O cidadão pode identificar se o produto que está buscando tem origem lícita ou não.
“Essas peças, quando autorizada a venda, elas têm selo de autenticação, podem ser checadas pelo próprio cidadão pelo site do Detran ou pelo aplicativo, onde pode ser checado se a peça tem origem ilícita ou não. O cidadão também precisa ter cuidado com as peças que eles compram da internet, checar com o vendedor a origem da peça”, afirma.
Os selos anexados às peças possuem um QR code que pode ser lido pelo aplicativo no celular no momento da compra.
“Muitas vezes o vendedor coloca a etiqueta na peça, mas ela não dá leitura. Então essa é a importância de fazer a leitura. Deu produto não cadastrado, o cidadão deve acionar o Detran ou a polícia e informar que em determinado local credenciado ao Detran, não conseguiu fazer a leitura da peça”, diz Marcos.
Os responsáveis pelos estabelecimentos fechados vão responder nas esferas administrativa e criminal.
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