Polícia de Barretos, SP, investiga se adolescentes furtaram e colocaram fogo em casa


Crime aconteceu na tarde de segunda-feira (17), no bairro Nogueira. Menores prestaram depoimento, mas foram liberados. Polícia de Barretos, SP, investiga se crianças furtaram e atearam fogo em casa
Uma criança e quatro adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos, são suspeitos de atear fogo em uma edícula no bairro Nogueira. O crime aconteceu na tarde de segunda-feira (17).
O local abrigava móveis e pertences pessoais de uma família que constrói uma casa no terreno ao lado. O espaço ficou destruído.
Edícula ficou destruída após incêndio criminoso em Barretos, SP
Aurélio Sal/EPTV
No dia, câmeras de segurança de uma residência flagraram o momento em que o grupo, que parece estar brincando na rua, entra na casa. O incêndio começa logo depois.
Moradores do bairro se aproximam do local e acionam o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar.
Os menores foram conduzidos à delegacia, acompanhados pelos responsáveis.
Eles prestaram depoimento e foram liberados, mas o delegado Marcelo Gambi Alves, que investiga o caso, diz que, se comprovada a participação, podem ser punidos.
“Serão juntados laudos periciais, serão analisadas imagens de câmeras de segurança e, depois de complementado todo esse acervo, o material será ajuizado, encaminhado ao fórum. O Ministério Público, recebendo esse ajuizamento, propõe ao juízo alguma medida que ele entende mais adequada, que pode variar desde uma advertência até internação”.
À polícia, os jovens já admitiram que o fogo começou por causa de um deles.
“Um fala que fulano iniciou o incêndio, outro fala que foi beltrano, mas a gente sabe e eles disseram que um deles deu início a esse incêndio na casa”, revela o delegado.
Móveis e eletrodomésticos foram destruídos por chamas de incêndio criminoso em Barretos, SP
Aurélio Sal/EPTV
Um boletim de ocorrência foi registrado pela família que é dona do imóvel destruído.
Segundo eles, além do incêndio, um carregador de celular e um fone de ouvido também foram furtados.
“Os pais, pelo menos, tem que ser responsabilizados. Esses adolescentes precisam sentir que isso não pode ser feito, porque não foi uma brincadeira, foi uma atitude criminosa. Eles invadiram uma propriedade, levaram coisas dessa propriedade e acabaram com tudo que tinha, não sobrou nada”, diz Bruno Leal Leite, filho da dona do imóvel.
Bruno Leal Leite é proprietário da casa onde adolescentes são suspeitos de atear fogo, em Barretos, SP
Aurélio Sal/EPTV
Economia da família foi utilizada na obra
Bruno conta que a mãe dele está desolada. A mulher utilizou o dinheiro da aposentadoria para comprar o terreno e construir o imóvel no local.
A família chegou a morar na edícula por um tempo, até o começo da construção da casa, que fica ao lado, no mesmo terreno.
“Minha mãe hoje acordou querendo desfazer tudo, vender tudo, sem gosto de continuar, porque parece que vai ficando cada vez mais difícil. Já não é fácil, a gente estava sem dinheiro para continuar a obra. Por conta de uma irresponsabilidade. Além de invadir a casa, de levar pertences nossos, ainda tiveram a maldade de botar fogo em tudo que a gente tinha”.
Ele diz que compareceu na delegacia para registra o boletim de ocorrência e encontrou os menores no local. Todos eles moram no mesmo bairro, onde aconteceu o incêndio.
“Na delegacia que eu tive contato com eles. Eles estavam sem nenhum remorso, dando risada da nossa cara, dando risada da cara da minha mãe por ela estar chorando, então, não foi uma brincadeira inocente de criança”.
Bruno afirmou que a família vai entrar com uma ação de indenização contra os pais dos cinco jovens. A polícia investiga o caso.
Edícula ficou destruída após incêndio em Barretos, SP
Aurélio Sal/EPTV
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