Polícia suspeita que empresário de Ribeirão Preto, SP, morto no Nordeste foi vítima de latrocínio


Segundo advogado da família, pertences de Guilherme Deiroz Tossetti foram furtados no dia do crime, que aconteceu em maio. Ninguém foi preso até o momento. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte suspeita que o empresário Guilherme Deiroz Tossetti, de 39 anos, natural de Ribeirão Preto (SP), tenha sido vítima de latrocínio. Ele foi morto dentro da pousada dele, em São Miguel do Gostoso (RN), no dia 8 de maio.
“A tipificação inicial foi pelo crime de latrocínio, porque houve roubo também nas circunstâncias. Levaram carteira, levaram celular”, explica o advogado da família do empresário, Marcos Lacerda.
O crime aconteceu na Rua das Anchovas, Centro de São Miguel do Gostoso. Após dois meses, o caso segue sem respostas.
“Há algumas suspeitas, mas que precisam ser, ainda, robustecidas como prova para que o delegado termine o inquérito”, diz Lacerda.
Imagens das câmeras de segurança no entorno da pousada não foram divulgadas para a imprensa, mas o delegado Jaime Groff, responsável pelo caso, diz que todas as provas estão sendo analisadas.
“A Polícia Civil está realizando a coleta de provas, levantamentos de campo e também já solicitou algumas medidas judiciais. Todas as providências estão sendo tomadas e as perícias necessárias ao local do crime também foram solicitadas ao IML do Rio Grande do Norte”.
Guilherme Deiroz Tosetti morreu dentro da própria pousada, em São Miguel do Gostoso (RN)
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Crime na pousada
O corpo do empresário foi encontrado com ferimentos na cabeça por um jardineiro da pousada na manhã do dia 8 de maio. Uma pedra com sangue estava próxima à vítima e a polícia acredita que possa ser a arma do crime.
A perícia concluiu que a morte foi causada por quatro perfurações na região da cabeça.
No boletim de ocorrência, o jardineiro afirma que encontrou Tossetti caído no chão, ainda agonizando e com a respiração forte. Ele acionou a polícia, no entanto, não foi possível socorrer o empresário a tempo.
Tossetti se mudou para o Nordeste em 2015, mas a família vive em Ribeirão Preto.
Na noite da morte do empresário, o vizinho da pousada ouviu gritos de socorro. Ele disse aos policiais que os gritos de Tossetti não o alarmaram, porque ele acreditou que o empresário estava tendo um surto psicótico já que, segundo ele, a vítima era usuária de drogas.
Na época do crime, a mãe da vítima, Maria Isaura Deiroz, chegou a lamentar o fato de o filho não ter sido socorrido. “Ele faleceu de manhã, sozinho, em uma grama com a cachorra do lado. Fiquei pior ainda em saber que meu filho agonizou a noite inteira e ninguém foi socorrer ele, ele pedindo socorro”.
Agora, segundo o advogado, a família aguarda por Justiça.
“Isso não vai trazer a vida do Guilherme de volta, como nós sabemos, mas que isso não fique numa mera estatística como acontece na grande maioria dos crimes que acontecem no Brasil”, diz o advogado Lacerda.
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