Quadrilha que lavava dinheiro de roubos em Barretos, SP, causou prejuízo de R$ 4 milhões às vítimas, diz delegado


Líder da organização criminosa foi preso nesta sexta-feira (28) em operação deflagrada em Barretos e em Ribeirão Preto. Grupo praticou 17 crimes para conseguir dinheiro em espécie. Homem apontado pela polícia como líder de quadrilha de roubos e lavagem de dinheiro em Barretos, SP
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil de Barretos (SP) estima que a quadrilha desarticulada nesta sexta-feira (28) por suspeita de lavar dinheiro proveniente de roubos tenha causado um prejuízo de R$ 4 milhões às vítimas. Segundo o delegado Rafael Faria Domingos, em dois anos, o grupo praticou, pelo menos, 16 roubos contra estabelecimentos comerciais e um furto a residência.
Dois homens, entre eles o líder da organização criminosa, foram presos temporariamente no início da manhã desta sexta-feira em Barretos.
“Hoje nós prendemos o líder dessa organização criminosa, que levantava os locais onde os roubos deveriam ser praticados e aliciava outros indivíduos para a prática desses roubos”, diz Domingos. O suspeito tem 29 anos.
A polícia também cumpriu cinco mandados de prisão contra os homens que seriam os responsáveis pelos roubos. Quatro deles já estão presos por outros crimes e o cumprimento dos mandados expedidos nesta sexta-feira foi feito nas próprias penitenciárias.
Comparsa de líder de quadrilha de roubos e lavagem de dinheiro que operava em Barretos, SP, segundo a polícia
Divulgação/Polícia Civil
A Justiça autorizou 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos. Veículos e até uma moto aquática foram apreendidos durante a operação.
De acordo com a Polícia Civil, a organização mirava imóveis e estabelecimentos comerciais que guardavam grandes quantidades de dinheiro em espécie. Em um dos roubos, ocorrido em 2020, o grupo conseguiu levar R$ 150 mil. No ano passado, uma nova ação resultou no roubo de R$ 200 mil.
Nas redes sociais, os líderes da quadrilha ostentavam uma vida confortável. De acordo com o delegado, os custos eram pagos com o dinheiro dos crimes e que era lavado em empresas aliciadas.
“Prendemos também um indivíduo que à época era dono de uma garagem de veículos e que era utilizada para lavar o dinheiro proveniente desses roubos. Se apurou também no curso da investigação que o líder se tornou sócio de duas empresas em Ribeirão Preto para poder lavar esse dinheiro”, afirma o delegado.
Veículos apreendidos em operação da Polícia Civil de Barretos, SP
Divulgação/Polícia Civil
A investigação apontou que uma das empresas usadas em Ribeirão Preto tinha capital social de R$ 1 mil, mas com a entrada do suspeito dos crimes como sócio, passou a ter capital de R$ 1,5 milhão.
A Operação “Prodigus” contou com policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Barretos, com apoio de agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Delegacia Seccional e da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Barretos, e da Polícia Civil de Ribeirão Preto.
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