Sem horário para descarregar mercadorias, comerciantes de Ribeirão Preto pedem flexibilização nos corredores de ônibus


Lojistas da Avenida Saudade revelam que já estão tendo prejuízos, pois caminhões ficam sem alternativa para carga e descarga. Transerp diz que não há previsão de mudança. Sindicatos pedem mudanças no funcionamento de corredores de ônibus em Ribeirão Preto, SP
Sindicatos das áreas de comércio e serviço de Ribeirão Preto (SP) entraram com um pedido nesta quinta-feira (31) para que a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) flexibilize as regras dos corredores de ônibus, que impedem veículos particulares de transitar nas faixas exclusivas.
Assinam o pedido o Sindicato do Comércio Varejista, Câmara de Dirigentes Lojistas, o Sindicato dos Empregados do Comércio, o Sindicato de Hotéis, Bares Restaurantes e Similares, e o Sindicato dos Feirantes de Ribeirão Preto.
Segundo eles, a medida tem atrapalhado não só a circulação de clientes no comércio, mas também a reposição de mercadorias, uma vez que caminhões de transportadoras não podem estacionar na faixa para carga e descarga.
Os pontos mais críticos são na Avenida Saudade e na Rua São Paulo. As obras foram entregues no dia 17 de abril e, por isso mesmo, a Transerp afirma que ainda não há previsão de mudança.
“Estamos pedindo uma flexibilização para que a Transerp reveja nesses pontos que é importante ter a carga e descarga de forma mais efetiva, que ajude o comerciante, mas também ajude a pessoa que vai tirar uma mercadoria, que não vai simplesmente parar e descer”, diz Paulo César Garcia Lopes, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp).
Sem espaço para descarregar mercadorias, comerciantes já estão tendo prejuízos.
Transerp inicia fiscalização no corredor de ônibus da Avenida Saudade em Ribeirão Preto, SP
Guilherme Sircili
Gerente de uma loja na Avenida Saudade, Nilson Anzini afirma que, desde que o corredor de ônibus entrou em vigor na via, o faturamento caiu 15%.
“Já tivemos vários prejuízos. Desde que começou o corredor de ônibus, nosso faturamento caiu na faixa de 15% e a gente faz um apelo à prefeitura, à Transerp, aos órgãos competentes, para que possam nos ajudar, pelo menos, na parte da manhã e à tarde, fazer um horário de carga e descarga”.
O comerciante Alberto Silva também relata problemas com a falta de alternativas para reposição de mercadorias. Nesta quinta-feira (1) mesmo, ele revela que, pela manhã, ficou sem produtos.
Para ele, nem parar em ruas mais longes facilita, porque são produtos pesados para serem transportados a pé em longas distâncias.
“Estou até com uma mensagem do motorista de uma usina, ele acabou de mandar uma mensagem que não vai coletar aqui porque hoje de manhã tentou passar aqui, viu que tinha viatura querendo multar e está impossível. Não tem vaga para parar caminhão. Não tem nem como parar longe, teria de deixar o caminhão no meio da rua. Meu produtos são muito pesados”.
Comércio tem perdido clientes
Anzini também conta que os clientes das lojas no entorno da avenida estão tendo dificuldades em acessar o comércio na região, principalmente aos sábados.
“Não tem onde parar aqui também. Aos sábados, o prejuízo é bem grande, porque vários clientes vem e não têm onde parar aqui na Avenida Saudade”.
Procurada pela EPTV, afiliada da TV Globo, a Transerp informou que os corredores foram recém-inaugurados e, portanto, até o momento não existe uma previsão para adequação ou mudança.
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