TJ determina que mãe do menino Joaquim seja julgada junto com padrasto em Ribeirão Preto, SP


Júri de Guilherme Longo foi marcado para outubro deste ano, mas o de Natália Ponte seguia sem data, porque processos tinham sido desmembrados em 2019. Caso Joaquim: Justiça decide que Natália Ponte será julgada junto com Guilherme Longo
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que Natália Ponte seja julgada junto com o ex-companheiro, Guilherme Longo, pela morte do filho dela, Joaquim Ponte Marques, em Ribeirão Preto (SP). A decisão atende a um pedido da defesa do padrasto da criança de três anos, morta em novembro de 2013.
Há duas semanas, a Justiça de Ribeirão Preto havia marcado somente o júri popular de Longo para outubro deste ano, porque os processos envolvendo as acusações contra o casal tinham sido desmembrados em 2019.
Com a decisão do TJ, a relatora Ana Zomer reuniu as ações por considerar que as duas estão em fase de preparação para julgamento em plenário e porque o rol de testemunhas apresentado por acusação e defesa nos dois processos é similar. A magistrada também considerou os custos ao sistema de justiça tendo em vista que só o julgamento está previsto para durar seis dias.
A defesa de Natália Ponte não comentou a decisão até a publicação desta matéria.
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Natália Mingone Ponte é acusada da morte do filho, Joaquim, de 3 anos, em Ribeirão Preto, SP
Cedoc/EPTV
A mãe de Joaquim responde em liberdade pelo crime de omissão. Segundo o Ministério Público, ela sabia que Longo era agressivo e havia voltado a usar drogas na época da morte do garoto.
Já o ex-companheiro dela é acusado de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa, além de ocultação de cadáver. Ele voltou à Penitenciária de Tremembé (SP) em 2018, quando foi extraditado pela Espanha após ser encontrado pela Interpol.
Liberdade negada
Advogado de Longo, Antônio Carlos de Oliveira pediu ainda a revogação da prisão preventiva do réu e para que fosse dada publicidade ao julgamento, inclusive com transmissão em tempo real pela internet.
O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto cinco dias após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto
Reprodução
A magistrada, no entanto, recusou a solicitação de soltura por considerar que Longo oferece risco de fuga. Em 2017, ele foi preso em Barcelona, na Espanha, após ficar foragido por sete meses. Na época, o padrasto havia obtido um habeas corpus.
Ana Zomer também recusou a transmissão do julgamento pela internet por avaliar que o caso corre em segredo de Justiça, assegurado por lei pelo fato de a vítima ser uma criança.
Relembre o caso
Em novembro de 2013, o corpo de Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), cinco dias após desaparecer da casa onde vivia com a mãe, Natália Ponte, e o padrasto Guilherme Longo.
As investigações, que duraram mais de um mês, apontaram que Longo foi o responsável pela morte do menino. Segundo a acusação, ele teria aplicado uma superdosagem de insulina em Joaquim, que era diabético, e jogado o corpo da criança no córrego.
Longo chegou a ser preso logo depois do crime, mas conseguiu deixar a cadeia por uma decisão da Justiça que lhe concedeu a liberdade provisória em 2016. Sete meses após ser solto, ele fugiu e só foi encontrado em 2017 na Espanha, graças a uma reportagem investigativa do Fantástico, da TV Globo.
Acusado de matar menino Joaquim, Guilherme Longo
Reprodução/EPTV
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