Último pedido: Amigos fizeram churrasco para homenagear DJ morto após mal súbito em Ribeirão Preto, SP


Luciano Bravo conhecia Thiago Foresti Chiconelli há 20 anos e conta que vítima já tinha dito que não queria tristeza no dia que morresse: ‘Façam uma festa’ DJ Thiago Foresti morre após mal súbito na Rodovia Anhanguera em Ribeirão Preto
Reprodução/Instagram
Amigos de Thiago Foresti Chiconelli, de 38 anos, que morreu após sofrer um mal súbito enquanto dirigia pela Rodovia Anhanguera (SP-330) em Ribeirão Preto (SP), fizeram uma homenagem diferente após o velório: um churrasco. O pedido, conta Luciano Bravo, que conhecia Chiconelli há 20 anos, veio do próprio DJ.
“De vez em quando, ele falava: ‘o dia que eu morrer eu não quero nem velório, é do hospital pro enterro e depois que souberem que eu fui enterrado e tudo, façam uma festa’. Por isso a gente fez o churrasco”, diz.
O DJ morreu no fim da manhã de sábado (8), próximo à região da Vila Abranches, na zona leste de Ribeirão Preto.
Ao perceber que estava passando mal, Chiconelli conseguiu estacionar o carro próximo a uma mureta que divide as pistas da rodovia. Ele estava indo trabalhar em uma festa de casamento que começaria por volta das 12h.
Na volta para casa, o plano era passar no bar de Bravo, algo que não era incomum.
Segundo o amigo, eles se encontravam, no mínimo, três vezes por semana. A última vez que viu Thiago foi na quinta-feira (6).
“Ele passou aqui, a gente conversou, daí ele tinha que preparar as músicas para esse casamento, então ele foi embora. O combinado seria que ele voltaria aqui sábado à noite, mas acabou acontecendo essa fatalidade”, lamenta Bravo.
Segundo o amigo, Thiago não sofria de nenhuma doença grave, mas tomava remédios para hipertensão e estava saindo de um período depressivo após se divorciar.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou a atendê-lo no local e fez diversas reanimações cardíacas, mas o DJ não resistiu.
Motorista sofre mal súbito na Rodovia Anhanguera em Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Zoação e amizade antiga
Bravo conheceu o DJ quando ambos trabalhavam em uma rádio e, desde então, se tornaram inseparáveis. Ele revela que o amigo era apaixonado por música, mas não era muito festeiro. “Preferia ir em um barzinho mais tranquilo, igual eu”, conta.
Mas, apesar da personalidade tranquila, os dois amigos costumavam fazer barulho juntos e se tratavam por apelidos “carinhosos”.
“A gente gritava na rua, todo mundo olhava, parecia que a gente estava brigando. Chamava o outro de mamute gritando, um fazia o outro passar vergonha nos lugares”, lembra Bravo.
Ele também conta que Thiago era uma pessoa muito prestativa e que o ajudou quando perdeu um braço por conta de um grave acidente em 2018.
“Ele me ajudou muito, ia comigo no hospital quando eu precisava, ajudou a fazer eventos beneficentes para levantar grana para o meu tratamento, porque eu fiquei um ano e meio praticamente inválido. Era uma pessoa que sempre estava comigo, sempre ia me visitar, estava sempre tentando levar um bom humor, o carisma dele, e ele era uma pessoa super engraçada”.
Agora, ele e os demais amigos do DJ pretendem direcionar o amor e a gratidão que ele deixou para a mãe dele que, segundo Bravo, está bastante abalada com a perda do filho único. “Ela é uma pessoa muito amada também”.
No fim, o que resta é a saudade.
“Ele era uma pessoa incrível, super divertida. Todo mundo que era próximo dele amava o Thiago, foi um bom baque entre os amigos. Os bons acabam indo muito cedo”.
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